Álbum
do Sonic Youth saindo do forno do tio Thurston e da tia Kim.
Jim é um cara legal. Olha em que banda ele toca
Oi
!!
Até que enfim!
Por que digo isso?
O Sonic Youth lançou NYC Ghosts & Flowers em 2000 e já
estava com muitas saudades. Bom, o que me animou foi o SYR 6 lançado
em abril, mas, mas, Murray Street vai ser lançado em 5 de junho
e nunca vai ser tarde para comemorar um álbum novo, um EP, um DVD,
um show na MTV, calendários, bonecos, figurinhas, home-pages, tênis,
roupas, cigarros e vídeo clipes do Sonic Youth. E até um
novo integrante para muito comemorar. Jim O'Rourke, que foi produtor do
Superchunk e produtor do álbum de 2000 da banda, agora é
oficialmente o 5º Youth.
O álbum novinho tem sete faixas, com Jim dividindo as guitarras
com Lee Ranaldo e o Thurston Moore, mi madre-baixista Kim Gordon e o Steve
Shelley completando a banda.
Antes de falar do álbum, vou falar do Jim. Depois do Free Jazz
2000, percebi que ele já estava inserido na banda. Tudo bem, a
banda originalmente é formada pelos quatro que lançaram
A Thousand Leaves, Confusion Is Sex, Goo, Dirty, Sister e tantos outros
álbuns, mas o Jim entrou em boa hora. É quase impossível
acontecer isso com o Sonic Youth, mas tem bandas que nascem na década
de 80 e não sabem como lidar com o público e como se comportar
diante deles. Reinventam-se enésimas vezes e só lhe restam
declarar o fim oficial ou aquele volta não volta. Jim apareceu
para carregar as energias da banda.
Eu na grade do Main Stage vi um homenzinho maltrapilho, brilhante guitarrista
e compositor. Parecia o filho mais novo de um youth "velho".
Jim lançou 15 álbuns em vários selos, entre eles
o selo de música eletrônica experimental alemã Mille
Plateaux, que tem bandas interessantes em sua história como Oval,
Steel, Microstoria. Entre os álbuns mais legais, que, aliás,
são 99.99%, estão o de 2001, o experimentalíssimo
e muito fofo, I'm Happy, and I'm singing, and a 1,2,3,4, com apenas três
faixas, I'm Happy, And I'm singing e And a 1,2,3,4 arrebatou meu coração
com a simplicidade em que toca uma guitarra e assobia ao mesmo tempo e
o vanguardista Terminal Pharmacy de 1995. Mais instrumental, menos visceral
e seguindo as rabeiras de Lithops e Kreidler. Estes foram somente dois
álbuns dele, ainda restam treze. O cara tem uma vida inteira dentro
do cenário alternativo americano e em seu currículo ainda
conta com a produção de singles, EP's e boothlegs e atualmente
anda fazendo trabalhos com o Smog e com Wilco. Não é qualquer
"Zé-Guitarra" que entra no Sonic não. Jim é
simplesmente o máximo.
Voltando ao álbum, Murray Street, que, aliás, por aqui vai
sair bem carinho. Snif, né?
As faixas The Empty Page e Rain on Tin são típicas do garage
60's. Sympathy for the Strawberry é deliciosamente sassy ou sexy
demais para meus ouvidos e é coisa nova vinda deles. Será
que tem a mãozinha do Jim na faixa? Com certeza, ele é um
oficial Youth agora. Olha a capinha do álbum.
Na
hipnótica Karen Revisited, o ecletismo, a transparência,
o noise e as distorções são evidentes. E cuidado!
Não tente ouvir muito alto essa faixa. É o 18º álbum
do grupo e a criatividade e o ecletismo vindo de algumas partes como My
Bloody Valentine, Slint, Tortoise e Pussy Galore encontram-se mais uma
vez em um álbum mais rico, mais forte, mais sensível, mais
inteligente, mais simples e mais puro.
Uma
diquinha bem legal: Top Of The Pops
www.topofthepops.hpg.com.br
(e-zine do meu querido amigo Carlos Azzolini. Grande artista plástico,
fã de Chaves e Chapolin como eu e que está me devendo um
cd com suas gravações favoritas e R$1,50).
J Carlos, é brincadeira sobre o R$1,50, tá? J
Qualquer
coisa, qualquer dúvida, entre nesse blog que não tem nada
de útil: http://partyvictim.blogspot.com
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