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Isabel Geo
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Skol Beats: disc jockey's para todos os gostos

As revoltas das pick up's que se tornaram palcos ao vivo

Oi gente! Sumi, mas estou de volta. Nessa coluna vou escrever algumas linhas sobre o Skol Beats, que é o maior evento de e-music da América Latina. Segundo a grande imprensa, o público era de 40 mil pessoas. Piada! Tinha mais que isso. Bom, além de lotada estava demais. Exceto pelas bilheterias que fecharam entre 3h30 e 4h da manhã por não ter mais cerveja, nem água, nem nada. Apenas pessoas dançando, suor, e música, bem alta, de preferência.

O SkOl BeAtS foi muito foda!!!!! Apesar do que muitos disseram que foi uma merda ou foi medíocre, tsc tsc tsc..... Foi muito bom. Dancei 10 horas (a base de pizza e pepsi light), sem aditivos nenhum. Meu amigo Adriano Clairet fez que fez que me levou até a tenda de house music a Bugget Out!, queria ver o Todd Terry e o Erick Morillo. Conseguimos ver os dois e eu não parava. O som não me deixava quieta de jeito nenhum. Encontrei um amigaço meu, o Luizão (ou Luís Depeche), que trabalhava comigo no Friday's. Foi muito bom ter vê-lo, sem dúvida, eu o a-d-o-r-o. Entre os melhores dj's da festa está o Dj Hype. Sou uma fã confessa de drum'n'bass e o cara é muito bom. Faz um drumba alto, sujo, gritante. O Marcos Morcerf também foi bom, mas não como o inglês Hype, mas também mandou muitíssimo bem. Juntou disco, ritmos afro-asiáticos, jazz, bossa nova, e de uma maneira originalíssima. Para a imprensa, tratamento VIP. Pizza Hut, Pepsi, mais Pepsi, água, telefone, computador for free. Como foi bom fazer a cobertura da festa, uh-hu. Ah, e sem contar a entrada. Goldie. É foda. Sem comentários. É trip para o drumba. No Outdoor Stage, palco ao vivo, onde as pick ups's não eram o suficiente e as coreografias precisavam de mais espaço. Onde Morcerf fez sua aparição, o trio Kosheen também apareceu. Foi legal. O trio galês é dance. A vocal Sian Evans dança bem como uma bailarina. Na verdade, queria imitá-la, mas o meu jeito tosco de dançar é indescritível. A música "Catch" é bem melhor que "Hide U", que foi a última música e todo mundo liberou geral. Que nada! "Catch" é muito melhor, inclusive a coreografia da Sian. Kosheen lembra Portishead, mas, Portishead é muito mais fodaaa!!! Se a Beth Gibbons viesse para o Brasil, eu estaria onipresente em todos os momentos dela aqui! Desde o banheiro do hotel ao palco. Ae, e o Groove Armada? Os caras têm carisma e lotou a Autódromo. Metade da galera praticamente era para vê-los. O hit "Superstalin'", que foi o último som tocado por eles, parecia sexo-tântrico. Estava indo para a melhor parte da música, onde os vocais de Tom Findlay (que parece um "sutil" vocal do Asian Dub Foundation) irem ao encontro dos grooves do Groove Armada, com os seus laptops e sintetizadores quando tudo parava, e ficava um silêncio insuportável. Depois, no outro refrão, a mesma coisa aconteceu. Poderá ter sido defeito ou não? Eu acho que sim e que não. Só sei que dançar no silêncio é um pouco (ou muito) chato. Falo isso por experiência própria. Ei, o Renato Cohen manda bem. Pensei que fosse um "djzinho-adoro-a-vida-noturna" qualquer, mas não é. O cara é bom e misturou coisas bem legais, como o house, o trip hop e o trance. Ainda deu um tempinho de ver Techanasia, que é formado por um francês e um nativo de Hong Kong. Pensei que fosse ser uma misturada de ritmos absurda. Mas não. Eles tocaram um acid house "normalzinho" até. Gostaria de fazer um porém na apresentação do renomadíssimo Dj Marky. A tenda Movement (a que mais me agradou) estava abarrotada de clubbers e cybermanos que ninguém poderia imaginar. Permanecemos na sauna com som ambiente por uns 20 minutos e despachamos nossos corpos esgueirados de tanto calor naquela estufa eletrônica. Estava monótono o set do rapaz, sem maiores distorções de samplers e alguns defeitos aqui e ali. Vamos perdoá-lo. Ele é o Dj Marky!! Já os Dj's Patife e Mau Mau deram um show em seus respectivos sets list. Várias explosões de grooves e batidas faraônicas. Mas puxando a sardinha mais para o Mau Mau. Era o set mais sujo e distorcido. Sem contar seu passado de alguns anos de Madame Satã em seu currículo.

Momento tiete: Andy Cato, eu e Dominic Glover (Groove Armada)