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Bianca Jhordão
leela@terra.com.br
coluna 04

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2002. Quando era pequena ficava pensando em como minha vida iria ser nessa época. Ficava fazendo planos e anotando no meu diário (é verdade, eu fazia diário..) as profissões que eu pretendia exercer. Infelizmente não estou com esse diário aqui, mas me lembro - entre outras - que quis ser arqueóloga. Achava o máximo todo aquele lance com as múmias, as pirâmides do Egito, etc. Eu e uma amiga minha ficávamos procurando em revistas antigas do meu pai (aquelas Cruzeiro, Manchete e umas outras estrangeiras) reportagens sobre o assunto para colarmos em um caderno que tínhamos feito só para isso.
Como eu morava num sítio em Itaipava, tínhamos muito "terreno" pra tentar descobrir coisas antigas (vê se pode!). Lógico que não descobrimos nada de interessante, mas toda aquela preparação pra gente fazer as escavações eram o máximo. Certa vez escavamos num canteiro aonde eu tinha enterrado um cachorro meu (que tinha morrido de velhice) e fiquei frustrada porque não consegui achar nem os ossos dele....Parti pra querer ser fotógrafa. Produzia minhas irmãs (tenho duas!) e as amigas, inventava poses para elas e ficava tirando fotos com uma máquina muito amadora. O resultado até que não ficou tão ruim....

O mais engraçado de tudo isso é a idealização do que iremos querer ser quando crescer, se vamos conseguir ter sucesso, dinheiro, conforto, uma família. Normalmente as pessoas se sentem inseguras quanto a isso, crescer é a maior responsabilidade e quando somos crianças queremos ser adultos. Não tinha coisa mais irritante do que ouvir os adultos falarem "aproveita enquanto é criança", "queria ter sua idade com a minha cabeça" entre outras preciosidades.
O pior é que hoje em dia vejo que é verdade. A gente fica muito preocupado em crescer logo, em ser alguém, em querer mostrar que já somos responsáveis ao invés de curtir. Então vamos aproveitar que ainda somos jovens e vamos curtir!!

Janeiro já começa no gás pro Leela. Vamos tocar na décima edição do festival Humaitá Pra Peixe, qe rola aqui no Rio junto com o Videhits (de Porto Alegre). Na semana seguinte vamos tocar (também aqui no Rio) com o Arnaldo Bandão (que é pai do Rodrigo, nosso guitarrista!) e depois partimos para o Sul: dia 26 de janeiro vamos tocar no "Festival Senhor F" em Florianópolis e depois dias 28, 30 e 31 em Porto Alegre. Devemos ir para São Paulo no começo de março, mas ainda não tem nada certo, mas pode deixar que aviso!

Falando em Arnaldo Brandão, ele acabou de lançar um disco ("Brandão e o Plano D"), que é o primeiro solo dele. O Arnaldo tocou na Bolha, no Brylho, e foi o líder do Hanoi Hanoi. Ele compôs músicas que com certeza vocês conhecem como "O Tempo Não Pára" junto com Cazuza e "Rádio Blá" junto com Lobão. O cara tem muita história bacana pra contar. Se ainda não conhecem o trabalho dele, vale a pena. Procurem o disco nas lojas!

Outro disco muito bom que tenho escutado é o tão falado do Strokes. Eu já escutei várias vezes e a cada audição fica melhor.
Aliás, a coletânea do Smashing Pumpkins, que tem os lados B, sem comentários. Genial.
É isso, feliz 2002 pra todo mundo!
Curtam a vida.
Beijos