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Banda: RIVETS
Data da entrevista: agosto 2002
Entrevistador: Raphael Rodrigues (Alternative Noise)
Entrevistado: banda
Cidade/Estado: Rio de Janeiro

01)Quem é quem na banda e o que cada um toca?
A banda é formada por Fabrício no vocal, Nick e JJ nas guitarras e backings, Eduardo no baixo e Marcio na bateria.

02)Sobre os nomes da banda, de onde surgiu o nome
Rivets?
Quando bolei o nome 'Rivets' queria alguma coisa curta e que não soasse mal tanto em inglês, quanto em português. Já tocávamos e não havia um nome pra banda.
Apareceu um convite para um show e tive que arrumar um nome rápido.
Catei um dicionário, peguei uma palavra que tinha a ver conceitualmente com a banda, pedi a opinião de uns amigos e ficou isso mesmo.

03)Vocês já tocaram eu outras bandas antes do Rivets?
Eu, Marcio e o Fabrício tocávamos no Barneys (que está de volta!) e o JJ, até há algumas semanas, era o vocal e guitarra do Wacky Kids.
O Nick tocava numa banda trash metal chamada Wonderland, bem conhecida pela galera que curte esse tipo de som.

04)Deixando a banda de lado por um momento, o que os
integrantes da banda fazem no dia a dia, trabalham, estudam...
Bom, o JJ está se formando em Direito e está estagiando na área. O Nick se formou em engenharia e trabalha como Analista de Sistemas na Telemar.
Fabrício se formou em Comunicação Social e trabalha como Gerente de Marketing na Neoris. Eu me formei em Desenho Industrial, também trabalho na Neoris, mas na área de Criação e estou cursando MBA à noite.
O Marcio se formou em Direito e trabalha numa Produtora chamada AV.

05)Como vocês se conheceram?
Eu e o Nick morávamos no mesmo bairro e ele namorou minha irmã um tempão. O cara é tipo um irmão e sempre levávamos uns sons juntos.
A galera também foi se conhecendo através do Barneys e de amigos em comum, shows etc.

06)Fale um pouco sobre o primeiro cd de vocês "Just a Point of View", aconteceu mesmo aquela satisfação e orgulho de olhar para o cd e pensar, "eu fiz esse cd!!".
O que mais nos surpreendeu em relação à esse cd foi o retorno do
público.
Não esperávamos que as prensagens fossem se esgotar naquela velocidade, e que as pessoas gostariam tanto das nossas músicas. Foi uma ótima surpresa!
Ficamos felizes com o cd em sí também. A gravação ficou legal.

07)O que você anda escutando atualmente e quais bandas
novas vocês escutaram e gostaram?
Não posso responder pelo restante da banda, mas bandas nacionais independentes que gosto muito são o Crazy Legs, Forgotten Boys, Carbona e Staples.
Ultimamente tenho escutado bastante Brian Setzer Orchestra, Hank Williams, Robert Johnson e Social Distortion.

08)Se eu abrir seu cd player agora, quais cds irei encontrar? Faça um comentário sobre eles.
A caixa do Johnny Cash "Love, God, Murder". São 3 cds, cada um com músicas sobre esses temas. O cd "Back to Basics" do Billy Bragg também.
Recomendo ambos!!!!

09)Fale sobre algum show inesquecível para voces e por quê?
A primeira vez que tocamos no Hangar 110 em São Paulo foi
surpreendente, porque não estávamos preparados para aquela receptividade.
O último show em Curitiba dia 04/05 foi demais também! Os shows se tornam bons não apenas pela apresentação e execução das músicas, mas também pela interação com o público, as pessoas que vão conversar com a gente antes e depois, das
cervejas, noites sem dormir etc. Todo o processo.

10)Fale um pouco sobre a música "Sometimes" que foi
divulgada e teve grande acesso no site MP3.com.
É uma música verdadeira, porque no momento em que foi feita, o autor realmente estava passando pelo que está escrito em sua letra. Acredito ser esse o motivo do seu destaque. Quando isso é atingido, geralmente resultam em boas composições.

11) Como pintou a oportunidade de lançar o cd no Japão
pela gravadora BIG MOUTH RECORDS?
O Motoyoshi entrou em contato com a gente através do site mp3.com.
Pediu autorização pra prensar e masterizar nosso cd no Japão, bem como fazer todo o material promocional pra esse lançamento. Parece que existe um bom público que gosta desse tipo de música lá.

12) As letras são quase todas feitas pelo Nick e Fabrício, como vocês encaram esse processo de criação das letras?
O processo de criação da banda costuma começar com alguma linha melódica em que se faz uma letra provisória e no final, quando todas as partes estão prontas, se coloca a letra definitiva.
Preferimos interagir mais na parte instrumental do que nas letras em sí.

13)Qual a sua opinião sobre a cena independente no
Rio de Janeiro hoje? Quais bandas você curte? Como estão
os espaços para tocar aí?
O Rio costuma ser um lugar ótimo pra determinadas coisas, mas tocar não é uma delas. Os shows nunca começam na hora, nem pelo público nem pela banda, não existe seriedade por parte dos organizadores na maioria dos lugares e poucos oferecem um equipamento mínimo para um bom show. Em compensação,
podemos ter nossos amigos mais próximos neles, namoradas etc.

14)Quais os próximos planos da banda? CD novo pintando para os próximos meses?
Estamos finalizando as músicas do próximo cd, pra escolher um estúdio legal pra gravar. Ainda não sabemos por qual gravadora iremos lança-lo, mas vamos priorizar uma boa distribuição e controle sobre os cds.

15)Espaço livre para deixar um recado, fique a vontade.
Todos da banda agradecem a oportunidade da entrevista e queremos mandar um grande abraço pela iniciativa do Alternative Noise na divulgação de novas bandas que precisam dessa força pra crescer.
Grande abraço

Discografia:
em breve!