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Banda: DIESEL
Data da entrevista: janeiro 2002
Entrevistador: Raphael Rodrigues (Alternative Noise)
Entrevistado: Gustavo - guitarra e voz
Cidade/Estado: Minas Gerais

01) Quem é quem na banda e o que cada um toca?
Gustavo Drummond-vocal, guitarra (eu)
Jean Dolabella-Bateria
Leo Marques-guitarra
TC-baixo

02) De onde surgiu o nome Diesel e vocês pensaram em outros nomes além desse? Quais?
Eu li o dicionário Inglês-Português inteiro e esse foi o único que gostamos.

03) Como foi o início da banda? Como vocês se conheceram?
Eu chamei o Jean e disse que queria fazer uma banda na qual pudessemos expressar exatamente o que sentiamos, sem ter nenhum vínculo com o que
esta na moda ou o que e aceito pela maioria das pessoas. A banda era um trio até a entrada do Leo. O Ian (que gravou o disco) saiu no fim de 99 e o TC
assumiu o baixo.

04) Vocês se lembram do primeiro show do Diesel? Onde foi e como foi?
Foi em BH, num lugar chamado Vila da Serra. Foi muito legal, pena que na época só tínhamos 2 músicas.

05) Já aconteceu algo estranho, engraçado ou diferente com vocês no palco? O quê?
Quando tocamos no Cine Iris (Cine pornô do centro do Rio de Janeiro), muitas coisas engraçadas aconteceram. A última sessão de cinema acabava
as 8 da noite e assim que começamos a montar o palco vimos sêmen pra tudo quanto e canto. Não queríamos encostar a mão em nada no começo. O show foi rolando e lá pro final do show, estávamos rolando no chão, tão empolgados com a música que esquecemos todas as precauções.

06)Como apareceu a oportunidade de tocar no Rock in Rio 3? Como foi a escalada do rock? Fale um pouco sobre isso?
Soubemos da escalada do Rock, mandamos nosso CD e fomos classificados.
Nao tem muito o que dizer, acho.

07) Fale um pouco sobre o cd de vcs, músicas, letras,arte do cd...
Nosso CD foi todo produzido independemente com músicas compostas por nós mesmos. Tentamos representar da forma mais fiel possível a forma como eramos musicalmente e como amigos na época.

08) Voltando ao Rock in Rio, eu estava lá no dia que
vocês tocaram, o que realmente aconteceu no final do show? Vocês pararam de tocar a música e tiveram que sair do palco.
Isso mesmo que você já disse. A polícia parou o show porque tinha gente sendo pisoteada na entrada. O show parou na última música, faltando 40 segundos para terminarmos.

09) Como foi a sensação de tocar para tanta gente? Vocês viram mais algum show do dia? O que acharam das outras atrações do dia?
Apesar de ter sido uma oportunidade única, foi apenas mais um passo na nossa jornada. Eu vi Deftones e Silverchair e achei bem fracos os dois.

10) E depois de Rock in Rio, como ficaram as coisas? As portas se abriram? Faça uma comparação de antes e depois.
Não mudou muito. Continuamos uma banda independente que batalha muito no underground, sem gravadora, sem rádio, sem nada. Apenas tivemos o nome relacionado com o evento e só.

11) Quais as influências da banda e o que vocês andam escutando ultimamente?
Nossas influências não se restringem a música. Nossa música reflete nossa amizade, nossa relação com outros tipos de arte e com o mundo.
Em se tratando de música, gosto de Jeff Buckley, Nil Lara, Faith no More, Tool, Kyuss, mais um milhão de outras bandas. Atualmente escuto Massive Attack, Bossa nova, Tortoise... qualquer coisa que não seja banda de Rock.

12)Fale um pouco sobre o underground atual no Brasil e cite algumas bandas que vocês gostam.
O Underground do Brasil está em pleno desenvolvimento. Ainda não tem a estrutura necessária para andar com as próprias pernas, mas existe uma relação bem mais sincera e humana entre as bandas e pessoas do que no mainstream.
Respeito as bandas que trabalham e viajam promovendo a sua música dai do Brasil, mas gostar, gostar a ponto de comprar o CD e escutar em casa, não gosto de nenhuma.

13) Fale um pouco sobre o clip de "4d", de quem foi a idéia, roteiro e direção?
Do Mosquito, que é um coletivo de indivíduos que se propõem a ser criativos e desvinculados com o padrão estético atualmetente em voga.
Os diretores foram Leandro HBL e Conrado Almada.

14) Eu também vi o show de vcs recentemente no Hangar 110 em SP e sinceramente eu gostei mais do que o show no Rio, vocês preferem tocar em espaços menores? Qual a diferença?
Prefiro mil vezes. Em shows menores há um contato olho no olho que está sempre presente, uma energia muito foda que simplesmente se esvai em
shows gigantescos.

15) Deixe um recado para os fãs da banda e espaço livre para vocês falarem o que quiserem!
Muito obrigado pela entrevista e contem conosco sempre que precisarem. Abraço e tudo de bom pra vocês.
Gustavo Drummond

Discografia:
em breve!