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Helena Fagundes
helena.fagundes@mtvbrasil.com.br
coluna 04

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Olá!

Para falar a verdade, eu queria escrever sobre o novo disco do Sleater-Kinney, mas com o dólar do jeito que tá, eu estou esperando minha amiga me trazer um da gringa. Depois eu escrevo.

Bom, eu tinha escrito sobre o disco "Life On Other Planets", do Supergrass, há um tempão. Mas como eu sou uma colunista relapsa, só estou mandando agora.

Então lá vai, aspas para meu próprio texto:

"O disco Planet On Other Planets, do Supergrass foi lançado nos EUA no dia 30 de setembro.
Mas por aqui, uns amigos meus fizeram um trambique e conseguiram queimar um CD uns dois meses antes.

O pré-lançamento extra-oficial, foi num boteco no centro de São Paulo, durante uma madrugada. E foi animado por três bêbados de plantão que dançaram a valer, gritando "isso é que é rock!" emocionadíssimos.

O disco, que tem apenas 40 minutos, é curto e eficiente. As influências são claras: Muito Kinks, Jam, Beatles, e aquela coisa toda dos anos 60.

Eu li uma crítica, em uma revista inglesa, metendo o pau no CD, falando que era uma coisa preguiçosa, meio falcatrua. Pode até ser, mas eu achei divertido, mesmo assim.

Quase todas as músicas são muito animadas, dessas que dão vontade de pegar uma estrada num dia ensolarado. Ou dançar em uma festa. Ou qualquer coisa alegre.

Mas tem também algumas baladas, pouco ou muito arrastadas, como a penúltima "Prophet 15" e a última, "Run", que imita Beatles descaradamente, na época do Sgt. Peppers, com aqueles vocais harmoniosos, efeitos lisérgicos, etc.

As que eu mais gostei foram:

Rush Hour Soul: Na minha opinião, a mais contemporânea de todas. Animadíssima. O ritmo é bom, e as guitarras (várias ao mesmo tempo) são otimas. Com palminhas e tudo.

Funniest Thing: É anos 60 escrachado, nota-se no piano, backing vocals, mas as guitarras são um pouco sujas, passaram pelos anos 90.

Brecon Beacons: Eu toquei em uma festa em que eu fui DJ por acidente. Essa sim é a mais animada de todas, e simples. O vocal é bem bonito. Muita melodia.

Grace: Fácil, tem a simplicidade do strokes, mas sem ser blazé. Mas também tem vários efeitos, piano, muito bem produzido. E o refrão é ótimo.

Seen the Light: Uma baladinha com direitos a todos os lalalás e tchutchutchus possíveis. Minha amiga Marina iria adorar, penso.

LA Song: Também é muito saltitante, com muito barulho, um ritmo enérgico, abundância de sons, muitos instrumentos e efeitos (inclusive na voz). Para quem estiver bêbado em alguma festa, não identificar nada, não entender nada, apenas dançar. Dependendo do humor.

Dizem que soltaram as músicas antes na internet, num protesto contra gravadoras. Acho que é balela. Acho que é banda vendidona mesmo, mas deixa pra lá...

Até a próxima!